Mahmud
Abbas denuncia genocídio de Israel em Gaza
O presidente palestino, Mahmud
Abbas, acusou nesta quarta-feira (9) Israel de estar cometendo um genocídio em
Gaza com sua operação militar, que, até o momento, matou 43 palestinos.
"É um genocídio; matar
famílias inteiras é um genocídio realizado por Israel contra nosso povo",
afirmou Abbas em uma reunião de crise com a direção palestina na cidade de
Ramallah, Cisjordânia.
O Exército israelense lançou na
noite de terça-feira (8) mais de 160 ataques aéreos na faixa de Gaza,
provocando a morte de ao menos seis pessoas.
De acordo com fontes médicas,
como o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 43 palestinos morreram e mais de
200 ficaram feridos desde o início da operação "Margem Protetora",
iniciada na noite de segunda-feira (7).
O ministro da Defesa, Moshe
Ya'alon, anunciou que a investida militar deve crescer nos próximos dias.
"Estamos assassinando
terroristas de diferentes categorias, e esta operação prosseguirá e se intensificará.
Por nossa parte, esta não será uma batalha curta. Seguiremos batendo duro no
[movimento islamita] Hamas e outros grupos terroristas", afirmou o
ministro durante a reunião diária com seu alto comando.
A maioria dos mortos é civil --
incluindo crianças. Segundo Asraf el Qadra, porta-voz de Emergências da faixa
de Gaza, 11 pessoas morreram nos bombardeios desta quarta-feira (9), entre elas
uma idosa de 80 anos e cinco crianças.
"A ocupação israelense vai
pagar um preço muito alto por tudo isso", declarou o porta-voz do Hamas em
Gaza, Sami Abu Zuhri.
"Os ocupantes israelenses
estão excedendo e trespassando todas as linhas vermelhas ao atacar com seus
caças-bombardeiros casas de civis e matando mulheres e crianças", afirmou
o porta-voz em entrevista coletiva.
Segundo Peter Lerner, porta-voz
militar israelense para meios de comunicação estrangeiros, a aviação de Israel
atacou 118 plataformas de lançamento de mísseis das milícias palestinas,
"algumas para projéteis de longo alcance", dez túneis e vários supostos
armazéns de armamento.
Além disso, foram alcançados seis
quartéis do movimento islamita Hamas e dez "posições de comandos
terroristas", explicou em comunicado.
Israel já havia informado antes
que havia matado em um ataque Abdullah Dyifala, comandante do Hamas
identificado como responsável pelo lançamento de foguetes contra alvos
israelenses.
Ataques a Israel
Horas antes dos últimos bombardeios
israelenses, milicianos palestinos haviam lançado 45 foguetes contra o centro e
sul de Israel, três dos quais caíram em Jerusalém e sua área metropolitana, sem
causar vítimas.
Nesta quarta-feira (9), dois
foguetes palestinos disparados a partir da faixa de Gaza caíram no mar em
frente a Haifa, no norte de Israel, informou a rádio militar isralense.
É a primeira vez que foguetes
palestinos atingem o grande porto do norte de Israel, a mais de 165 km de Gaza.
Os disparos foram reivindicados pouco depois pelo braço militar do Hamas em
Gaza.
Morte de jovens
A violência na região se
intensificou desde a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia no mês
passado, seguida do assassinato de um adolescente palestino.
Os jovens Eyal Yifrah,19, e Gilad
Shaar e Naftali Fraenkel, 16, foram sequestrados no dia 12 de junho e seus
corpos foram encontrados em 30 de junho ao norte de Hebron. De acordo com
autoridades envolvidas na investigação da morte dos jovens, os israelenses
foram alvejados dez vezes por uma arma com silenciador, em assassinatos que
parecem ter sido premeditados.
O governo de Israel
responsabilizou o Hamas pela morte dos jovens, e o primeiro-ministro do país
jurou vingança contra o grupo palestino.
Já o palestino Mohamed Abu
Khdeir, 16, foi sequestrado no dia 2 de julho em Shuafat, um bairro de
Jerusalém Oriental. Seu corpo, totalmente queimado, apareceu horas depois perto
de uma floresta no oeste da cidade. Os suspeitos pertenceriam a "um grupo
judeu extremista" e três deles " confessaram ter assassinado e
queimado Mohamed.
Milhares de pessoas se reuniram
no funeral do adolescente, que, segundo o resultado preliminar da autópsia, foi
queimado vivo. (Com agências internacionais)
Vamos orar por esta nação e pedir
para que Deus intervenha.
Pr.
Dinei Morais
Igreja
Ágape de Atibaia