terça-feira, 14 de abril de 2015

Carta - Ensinando as mulheres sorrir

Existe  na Bíblia um capítulo que fala sobre uma mulher que sorri. Ela não sorri porque é feliz, porque sua vida vai bem. Ela sorri diante do desconhecido, do incerto. Ela sorri diante do futuro (Provérbios 31.25).

 Priyanti* teve poucas oportunidades de sorrir. Ela nasceu em um lar cristão em Bangladesh, enquanto a maioria da população é islâmica. Seus pais mesmo eram muçulmanos convertidos. Mas isso não trouxe nenhum riso à vida de Priyanti. “Meus pais nunca me incentivaram a ser cristã”, conta ela, cujos tios e tias a desencorajavam a seguir a Jesus. Então, ainda criança, decidiu manter a mesma religião de sua sociedade e vivia como muçulmana, escondendo possíveis sorrisos sob o véu.

Foi só depois do ensino médio que Priyanti teve contato com cristãos maduros, o que despertou nela o desejo de ser como eles. “Eles eram gentis e humildes. Então eu pensei: ‘Ah, Jesus deve ser assim’. Quis o mesmo para mim. Contei isso aos meus pais, aceitei Jesus e fui batizada”.

E isso foi tudo. Priyanti não sabia como crescer na fé; não havia recebido nenhuma instrução sobre a vida cristã e nem sabia como manusear a Bíblia que possuía. Seus pais encontraram o que parecia ser a solução perfeita para forçar uma risadinha na moça: casaram Priyanti com um pastor.

Nenhum conto de fadas

“Meu noivo supervisionava oito igrejas formada por ex-muçulmanos. Ele é humilde, conhecedor da Palavra de Deus e dedicado ao serviço. Era a opção perfeita aos olhos de meus pais. Mas, para mim, era apenas alguém com quem eu tinha de casar”, desabafa Priyanti.

Mesmo com um pastor em casa, as dúvidas da jovem convertida quanto à vida eterna e salvação não foram solucionadas. As promessas de riso tornaram-se motivo para choro: o fato de estar casada com um mi-nistro do evangelho a deixava angustiada. Sentia que o marido a desprezava por ela não saber nada sobre Jesus, mas não tinha com quem aprender, uma vez que se esperava que ela, a esposa do pastor, discipulasse as mulheres da igreja.
“Cheguei a pensar que Deus havia me dado o papel errado para desempenhar. Eu não havia sido feita para ser esposa de pastor.”
Era por meio da oração que Priyanti conseguia desabafar suas frustrações e pedir socorro a Deus. Ele logo a atendeu.

Esperança em Jesus

No início de 2014, Priyanti foi uma das 20 mulheres que participou de um curso bíblico feminino desenvolvido pela Portas Abertas. Hoje ela está no segundo ano — são três anos de estudo — e a mudança é visível.

“Esse curso é resposta de oração. Estou estudando com outras mu-lheres que têm fome de Deus, como eu. Tenho redescoberto Jesus por meio das matérias, e meus medos e dúvidas foram respondidos. Em Cristo, encontrei esperança. Ele me deu vida, vida eterna. Peço a Deus para que me ajude a amadurecer nele, e que eu possa ajudar meu marido no trabalho, discipulando as mulheres da igreja”.

Diferente do que aconteceu com ela na infância, hoje Priyanti pode testemunhar de Jesus em casa ao seu filho de 8 anos, e ser exemplo para ele de dedicação a Deus e à sua obra. O futuro é incerto. Eles podem ser duramente perseguidos pela sociedade, seu marido pode ser preso por seu ministério com ex-muçulmanos. Podem perder a casa, o sustento e até a vida. Mas Jesus ensinou Priyanti a sorrir e descansar nele.

* O nome foi alterado por motivos de segurança. (1)

(1) Extraído do site www.portasabertas.org.br -  “Mestras em tempo integral”
Acessado Abril, 14 - 2015, conforme link: http://doe.portasabertas.org.br/cursos-para-mulheres?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Cursos+para+crist%E3s+perseguidas+e+outros+assuntos+da+semana



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