27 de maio de 2014 • 10h50
• atualizado às 10h51
Sudanesa condenada à morte por ser cristã dá à luz na prisão
Islã condenou a mulher à forca por apostasia, crime relacionado à conversão de pessoas que saem islamismo
Sudanesa deu à luz nesta terça-feira; ela foi condenada à forca por não aceitar se converter ao islamismo
Foto: Daily Mail / Reprodução
Uma jovem cristã condenada no Sudão a morrer enforcada
por apostasia (crime de conversão para outras religiões dentro de leis
islâmicas) deu à luz na prisão nesta terça-feira, afirmou um diplomata
ocidental.
"Ela deu à luz uma menina hoje", declarou o diplomata
referindo-se a Meriam Yahia Ibrahim Ishag, de 27 anos, filha de um
muçulmano e condenada a forca em meados de maio em virtude da lei
islâmica vigente no Sudão desde 1983, que proíbe as conversões, sob pena
de morte.
"Parece que a mãe e a filha estão bem", declarou o diplomata, que pediu o anonimato.
Segundo o advogado da mulher, Mohaned Mustafa Elnour, ao
Daily Mail, a jovem está pensando em dar o nome de Maya à filha e que
seu nascimento foi uma boa notícia em meio ao caos vivido pela Ishag.
A condenação à morte da jovem por um tribunal de Cartum
no dia 15 de maio provocou uma onda de indignação e protestos. Segundo
militantes de direitos humanos, a jovem, presa há 4 meses,
permanecerá detida no presídio para mulheres de Ondurman, maior cidade
do Sudão.
"Demos
três dias para abjurar de sua fé, mas você insistiu em não voltar ao
Islã. Condeno-a à pena de morte na forca", declarou o juiz Abbas Mohamed
al-Khalifa, dirigindo-se à mulher pelo sobrenome de seu pai, de
confissão muçulmana.
Antes do veredicto, um chefe religioso muçulmano tentou
convencê-la a voltar ao Islã, mas a mulher disse ao juiz: "sou cristã e
nunca cometi apostasia". Em uma conversa com seu marido durante uma
visita rara à prisão, Meriam teria lhe falado "se querem me executar,
então devem ir em frente, pois não vou mudar minha fé."
Meriam Yahia Ibrahim Ishag (seu nome cristão) também foi
condenada a cem chibatadas por adultério. Segundo a Anistia
Internacional, Ishag foi criada no cristianismo ortodoxo, a religião de
sua mãe, já que seu pai, muçulmano, esteve ausente durante sua infância.
Posteriormente, a jovem se casou com um cristão do Sudão do Sul.
Segundo a interpretação sudanesa da sharia (lei islâmica), uma muçulmana não pode se casar com um não muçulmano.
Se a pena for aplicada, ela será a primeira pessoa
punida por apostasia em virtude do código penal de 1991, segundo o grupo
de defesa da liberdade religiosa, Christian Solidarity Worldwide.
Com informações da AFP e Daily Mail.
Por favor orem por esta missionária.
Pr. Dinei Morais - Igreja Ágape de Atibaia
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